28 janeiro 2008

O perfume do socialismo

Essa é praticamente uma piada. Deu no blog da Robin: sim, foi criado um perfume para o socialismo! A notícia é do The Guardian e eu traduzo um pedaço para vocês:

Através dos tempos, campanhas eleitorais têm testemunhado a criação de estratégias políticas no mínimo esquisitas, mas o Partido Socialista Catalão (PSC) inaugurou um novo marco de bizarrice ao lançar seu perfume, que mistura ervas mediterrâneas com bergamota e chá, além de notas orientais de fundo. Diz a propaganda que o aroma promete inspirar "confiança, igualdade, progresso e eficiência". Seu criador, Albert Majós, declarou à imprensa que se tratava da representação aromática dos valores do socialismo.

Estranhamente, o perfume lembra Bom-Ar. Um dos jornalistas que participaram do lançamento disse que o cheiro era tão forte que ele se sentiu sufocado e saiu tonto do ambiente.

Eu ia deixar a reportagem falar por si, mas não resisto. A comparação perfumística é tentadora demais. Então, lá vou eu. Em teoria, o socialismo promete o que veicula a propaganda: confiança, igualdade, progresso e eficiência. Na prática, porém, seus efeitos são os piores possíveis: quando dá de fato as caras, o socialismo é como spray de banheiro, totalmente desprovido de sofisticação, direcionado apenas por ganas de autoritarismo e incremento do poder estatal. Como se não bastasse, as emanações do regime socialista são tão violentas que cortam a respiração (e a fala), obrigando o povo a fugir para não desmaiar - temporária ou permanentemente.

Parabéns a Majós: não há dúvida de que, como “veículo dos valores socialistas”, o perfume é perfeito! Que o digam Fidel Castro, Mao Tsé-Tung, Pol Pot, Lênin, Stálin...